Ribeira Grande assinala o Dia Internacional da Prematuridade
Celebra-se neste sábado, 17 de novembro, o Dia Internacional da Prematuridade e em Portugal gerou-se uma onda de sensibilização para esta problemática. Neste dia o país veste-se de roxo e as autarquias colocam a faixa roxa da prematuridade ou iluminam um edifício do seu município de roxo/ lilás. A Ribeira Grande adere à iniciativa através do Teatro Ribeiragrandense.
Um em cada dez bebés que nasce em todo o mundo é prematuro, o que perfaz cerca de 15 milhões de crianças. Os últimos dados estatísticos mostram que, em Portugal, a taxa de prematuridade, em 2000, era de 5,9% e em 2015 de 8%.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a prematuridade é a principal causa de morte neonatal e infantil devido a prematuridade extrema/prematuros de muito baixo peso e a sequelas graves, respetivamente.
Dados de 2015 comprovam isso mesmo com o registo de um milhão de mortes em crianças com menos de 5 anos e quatro milhões de mortes nos primeiros 28 dias de vida.
No que às sequelas da prematuridade diz respeito, cerca de 77% são transitórias e correspondem, sobretudo, a complicações respiratórias. Já a longo prazo aparece-nos a paralisia cerebral, como a sequela mais prevalente, com cerca de 4% dos casos.
Assim, é importante tomar consciência que um bebé prematuro não é apenas um bebé pequeno, que muitas vezes cabe na palma de uma mão e que nasce antes do tempo. Um bebé prematuro é efetivamente pequeno, mas apresenta sobretudo imaturidade ao nível de todos os órgãos do seu corpo.
Uma das principais debilidades é a parte respiratória, pelo que podem passar horas, dias ou meses ventilados. A necessidade de acompanhamento destes bebés não se esgota com o internamento. Em muitos dos casos, dependendo da idade gestacional com que o bebé nasce e/ou dos problemas que se tenham verificado durante o internamento, o acompanhamento ao nível da saúde mantém-se até cerca dos 5/6 anos ou até que a criança necessite.
Ser pai e mãe de prematuros é permanecer de colo vazio durante mais de um mês e com o coração em sobressalto durante pelo menos mais seis anos. Esta situação tem diversas implicações, sobretudo a nível psicológico, levando consequentemente ao isolamento da família e muitas vezes ao divórcio.
Pais e bebés prematuros travam grandes batalhas durante todo este percurso e são, por isso, designados carinhosamente por guerreiros. Podem ser pequenos em tamanho, mas são gigantes em determinação! Juntemo-nos a estes guerreiros na divulgação da prematuridade e na procura de respostas para aqueles que carregam consigo o “peso” de um nacimento prematuro.
Hoje todos estaremos a ajudar… apenas vestindo de roxo.