Programa REVIVE poderá ser solução para antigo edifício das Finanças
A Câmara da Ribeira Grande está preocupada com o estado de degradação do antigo edifício das Finanças, propriedade do Estado português, localizado na rua Espírito Santo, contíguo à igreja do Espírito Santo, preocupação que o presidente da autarquia, Alexandre Gaudêncio, deu nota durante a reunião com o subdiretor-geral da Direção-Geral do Património Cultural, em Lisboa.
“A nossa intenção é candidatar a reabilitação do edifício ao programa REVIVE – Reabilitação, Património e Turismo, e obtivemos boas indicações de que será possível recuperar o edificado por esta via. Queremos contribuir para a salvaguarda do edifício que se encontra em avançado estado de degradação”, referiu Alexandre Gaudêncio.
O programa REVIVE é conduzido por uma equipa técnica que integra representantes da Direção-Geral do Património Cultural, da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, da Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional e do Turismo de Portugal, I.P., contando, ainda, com o envolvimento dos municípios ao nível da localização dos imóveis.
São as autarquias que asseguram, através das condições dos concursos, a salvaguarda do património classificado ou em vias de classificação e a adequação do tipo de exploração às necessidades de desenvolvimento de cada região.
A recuperação do património com respeito pelos valores arquitetónicos, culturais, sociais e ambientais relevantes constitui, também, um pilar base do programa REVIVE.
O modelo assenta na recuperação de imóveis públicos de elevado valor patrimonial que não estão a ser usufruídos pelas comunidades e seus visitantes, através da realização de investimentos privados que os tornem aptos para afetação a uma atividade económica lucrativa, com vocação turística, nomeadamente, nas áreas da hotelaria, da restauração, das atividades culturais, ou outras formas de animação e comércio.
“Estamos cientes de que o património imobiliário público constitui uma componente muito relevante da identidade histórica, cultural e social do país, e um elemento rico e diferenciador para a atratividade das regiões e para o desenvolvimento do turismo, motivos pelos quais pretendemos levar a efeito a reabilitação do antigo edifício das Finanças”, acrescentou Alexandre Gaudêncio.