Câmara da Ribeira Grande adjudica empreitada de requalificação do antigo matadouro
A Câmara da Ribeira Grande adjudicou à empresa Caetano & Medeiros, Lda, a empreitada que vai transformar o antigo matadouro numa incubadora de empresas de base local, reabilitando um espaço que estava fechado e ao abandono há mais de trinta anos.
O presidente da autarquia, Alexandre Gaudêncio, presidiu à cerimónia de consignação da obra e congratulou-se com o passo dado. “Vamos recuperar um imóvel do século XIX que estava ao abandono e, em simultâneo, valorizar uma zona da cidade que tem vindo a ganhar novas dinâmicas”, disse.
A transformação do antigo matadouro numa incubadora de empresas de base local “conclui a requalificação de um conjunto arquitetónico onde também se inserem o mercado municipal e o Museu da Emigração Açoriana.”
A obra será desenvolvida em duas fases. “Na primeira fase, num investimento de 275 mil euros e prazo de execução de 270 dias, iremos reabilitar o edifício principal tornando-o multifuncional com um espaço amplo de acolhimento, cafetaria e adaptação dos antigos estábulos em gabinetes/oficinas autónomas”, explicou.
A segunda fase da obra “prevê a construção de um novo edifício na zona sul para criação de espaços/oficinas para recuperar artes antigas do concelho e os torreões da zona norte serão adaptados a lojas de vendas”, acrescentou Alexandre Gaudêncio.
No total, a Câmara da Ribeira Grande prevê investir cerca de 450 mil euros, sendo 85% desse valor comparticipado por fundos comunitários. A reabilitação do antigo matadouro “insere-se na estratégia da autarquia ao nível da reabilitação urbana, adaptando os espaços aos novos tempos mas mantendo a arquitetura original”, frisou o edil.
Com mais requalificação urbana a Ribeira Grande mantém um posicionamento positivo para acolher novos negócios. “A Ribeira Grande pretende colocar-se na linha da frente em relação aos nómadas digitais, um mercado com potencial elevado e que ganhou maior ênfase com a pandemia”, apontou Alexandre Gaudêncio.
Na prática, salientou o autarca, “são trabalhadores digitais que procuram locais para se instalarem durante longo prazo e que têm elevado poder de compra. Neste aspeto, e atendendo a esta obra, a autarquia irá preparar um programa de divulgação para atrair este tipo de público para o local em questão.”