“Romaria Micaelense” em exposição no Museu Municipal da Ribeira Grande
Está patente no Museu Municipal da Ribeira Grande, até 29 de março, a exposição “Romaria Micaelense”, mostra que apresenta fotografias antigas das romarias quaresmais e um vídeo alusivo ao tema que transporta os visitantes para a essência da romaria e os caminhos que os romeiros percorrem.
A romaria micaelense iniciou-se com os violentos sismos e erupções vulcânicas que abalaram Vila Franca do Campo em 1522 e 1563.
Naquela altura, em que os cataclismos naturais eram tidos como punição divina pelos pecados do homem, os sacerdotes locais incitaram o povo à prática da devoção e procissões, fazendo as pessoas a peregrinar pelas capelas, ermidas e igrejas da ilha rogando a proteção e intervenção divina.
A romaria decorre ao longo de uma semana, sendo o seu propósito visitar as casas de Nossa Senhora. O percurso é pré-estabelecido pelo mestre do grupo.
Atualmente, a pernoita e a esmola de outrora foram substituídas por uma organização mais em sintonia com os nossos tempos, solicitando com antecedência a colaboração das paróquias ao longo do percurso previsto para a romaria.
Os paroquianos das diferentes freguesias acolhem os romeiros em suas casas, facultando-lhes a refeição da noite e água quente com sal para os pés fatigados e lacerados pela caminhada.