Bandas Filarmónicas
Filarmónica Aliança dos Prazeres do Pico da Pedra
Filarmónica Aliança dos Prazeres foi fundada a 16 de agosto de 1958. Como o seu nome indica, nasceu fruto dos esforços para a fusão das duas filarmónicas existentes na freguesia, Lira dos Prazeres e União dos Prazeres, ambas inativas na década de cinquenta.
A Filarmónica faz hoje parte da Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Pico da Pedra, criada em 1976, com o objetivo de coordenar as atividades culturais e desportivas na freguesia, sendo atualmente o único núcleo ativo da mesma.
Participou já em concursos de Bandas, tendo obtido boa classificação. Gravou um LP, em 1980, e um CD, que foi lançado, durante a sua festa de aniversário, a 16 de agosto de 2009.
Ao longo dos seus 65 anos de história, a Filarmónica Aliança dos Prazeres atuou em quase todas as localidades da Ilha de S. Miguel, participando em honra das festividades das freguesias e executando vários concertos.
Deslocou-se também a outras ilhas do arquipélago. Santa Maria, 1980 – festas de Santo Espírito e em 1998. Pico, 1981 – festas do Bom Jesus em S. Mateus e em 2011 – festas da Vila da Madalena; Terceira, 2008 e 2014 para participar nas festas da cidade da Praia da Vitória. No ano de 2009, esteve nos Estados Unidos da América, onde participou nas grandes festas em honra do Divino Espírito Santo, em Fall River. Deslocou-se também por três vezes ao continente, em 2010 num intercâmbio com a Banda Corvalense, onde participou nas festas da localidade alentejana de São Pedro Corval, em 2017 num intercâmbio com a Filarmónica Simão da Veiga na localidade de Lavre, concelho de Montemor-o-Novo e em 2024 num intercâmbio com a Sociedade de Instrução e Recreio de Janes e Malveira, freguesia de Alcabideche, concelho de Cascais.
Em janeiro de 2024 subiu pela primeira vez ao palco do Coliseu Micaelense para a realização do concerto “Viagem pelo Mundo da Disney” organizado por si, contando com a participação do coro juvenil do Conservatório Regional de Ponta Delgada e com os cantores solistas João Ponte, Helena Castro Ferreira e Alexandra Pacheco.
Atualmente, tem como Presidente Ricardo Silva e como Maestro Rui Piques. É composta por 56 elementos. Sendo um grupo multigeracional os jovens constituem a maior parcela localizando-se a idade média do coletivo nos 28 anos. A filarmónica procura ser um espaço de crescimento musical, cultural e humano contribuindo para a envolvência dos seus membros no meio em que vivem fortalecendo o espírito comunitário da freguesia.
Filarmónica Lira do Divino Espírito Santo da Maia
Esta Associação foi fundada em 1936 pelos Sócios Virgínio Caetano Oliveira, Eugénio Furtado, Joaquim de Morais e pelo empresário Sebastião Couto, todos da empresa “Caetano Raposo e Pereira”.
Teve a sua primeira aparição pública a 3 de Abril de 1937.
Desde o seu início teve sempre escolas de música com uma participação media de 12 alunos em cada triénio. Anualmente participam em cerca de 35 actuações, desde procissões de paróquias ou em Impérios do Espírito Santo.
Como actuações fora da Ilha, destacam-se as ocorridas em Montemor-o-Velho, Ilha de Santa Maria e nas grandes Festas do Espírito Santo em Fall River.
Têm sido regentes desta Associação Musical grande nomes do panorama musical açoriano, como Benjamim Rodrigues ou Mário Coelho da Ilha da Terceira.
Esta Banda foi classificada como Instituição de Utilidade Pública no ano 2000.
Actualmente o seu presidente é o Sr. José Carlos da Ponte Bulhões.
Filarmónica Lira do Norte Rabo de Peixe

A Sociedade Filarmónica Lira do Norte, mais conhecida por música velha, foi fundada em 19 de Maio de 1867. a 11 de Outubro de 1868 a Banda Velha estreou o seu hino executado aquando da procissão de Nª Srª do Rosário, que ainda hoje se realiza, sendo a respectiva partitura de Jacinto Inácio Cabral, que foi mestre da capela da cidade de Ponta Delgada, autor do popular hino do espírito Santo.
A sua dinâmica direcção em 13 de Março de 1879 deliberou abrir uma aula de Instrução Primária, não só para os filarmónicos como também para os seus sócios. No mesmo ano, em Julho, aproveitando ela a homenagem ao Sr. José Maria Raposo de Amaral,chefe do partido progressista que subira ao poder nessa ocasião, abrilhantou a banda tal festa, que lhe rendeu a oferta dum novo instrumental.
Em 1884 o Conde da Praia e de Monforte, dotou a Lira do Norte com novo instrumental e fardamento, arcando ainda com as despesas da renda da sede e do respectivo regente.
Em Dezembro de 1898 um misterioso e violento incêndio destruiu tudo quanto na sua sede se encontrava. Das mãos do comendador João Lourenço da Silva, seu conterrâneo, recebeu ela, em Junho de 1902, a valiosa oferta de um estandarte conseguindo também adquirir sede própria.
Anualmente participa no Império da Bandeira do espírito Santo de Pentecostes, assim como, nos cortejos e concertos por toda a ilha de São Miguel.
De 1939 a 1942 desempenhou a Lira do Norte as funções de Banda da Legião Portuguesa do então Distrito de Ponta Delgada, sendo, seu Presidente o Sr. José António de Fraga, importante comerciante da mesma localidade, hoje, Vila de Rabo de Peixe.
A Banda Velha mantém como tradição, o cantar às estrelas e a festa em honra de Stª Cecília, padroeira da música e dos músicos.
Esta centenária banda já efectuou as seguintes digressões: Canadá, Estados Unidos da América, Santa Maria, Faial, Pico e Ilha da Madeira.
Actualmente tem como presidente o Sr. Mariano Gouveia e é dirigida pelo Maestro António Arruda.
A Orquestra Ligeira da Ribeira Grande
A Orquestra Ligeira da Ribeira Grande foi formada em Novembro de 2007 por vários músicos da ilha de São Miguel, com o objectivo de embelezar as festas de Santa Cecília, da Vila de Rabo de Peixe.
Mais tarde, em Fevereiro de 2008, apresenta-se como orquestra do concelho da Ribeira Grande, num concerto que teve lugar no Teatro Ribeiragrandense.
Tem como director musical o maestro António Arruda e é constituída por 21 músicos com idades entre os 15 e os 40 anos, sendo a sua maioria natural do concelho da Ribeira Grande.
Para além da música instrumental, a orquestra conta ainda com uma dupla de vozes, Verónica Arruda e Pedro Costa.
Filarmónica Progresso do Norte Rabo de Peixe

Fundada em 1888, esta filarmónica parece ter sido, conforme narram os mais antigos, e de acordo com Joaquim Maria Cabral, autor do livro «Filarmónicas da Ilha de São Miguel, a sucessora da ‘Marcial Bom Jesus’, fundada em 1882.
A banda mais antiga de Rabo de Peixe, a Lira do Norte, foi fundada em 1865, por «Progressistas», mas os «Regeneradores» acabaram por tomar conta dela, pelo que, naturalmente os fundadores da Marcial não eram regeneradores. Também, obviamente, que a Progresso do Norte, foi fundada e mantida por progressistas, até mesmo pelo nome que possui.
Ainda hoje, mesmo sob uma forma muito mais desvanecida, a Progresso do Norte alberga, no universo rabopeixense, muitas das famílias mais carenciadas da vila.
Instalada na sua actual sede (acabada de ser ampliada , com significativa ajuda dos emigrantes) desde 1917, devido à II Grande Guerra, teve que encerrar temporariamente, mas reorganizou-se em 1950, tendo recebido grandes ajudas dos emigrantes dos Estados Unidos e das Bermudas (mais tarde do Canadá).
O edifício da sede, mais precisamente a parte antiga, é um ‘imóvel de interesse concelhio’, por deliberação da Assembleia Municipal do Concelho da R. Grande, de 29 de Setembro de 1998.
Esta Banda orgulha-se de ter o privilégio de ser a primeira a tocar, em 1894, o Hino da Autonomia dos Açores, música do seu regente nessa altura, Joaquim Lima, e que ainda hoje é a mesma, enquanto que a letra desse hino, nessa altura, era da autoria do rabopeixense e progressista, António Tavares Torres. Por isso se diz que esta é a ‘Banda da Autonomia’.
Quanto a actividades, tem participado em festivais, cortejos religiosos e manifestações culturais, como a ‘Noite das Estrelas’, arraiais, inaugurações oficiais, Bandeira da Caridade e outros festejos do Espírito Santo, festas em honra da sua padroeira, A Rainha de Portugal – Nª Srª da Conceição -. Já visitou outras comunidades açorianas, nomeadamente as ilhas de São Jorge, Santa Maria, Flores, Graciosa e Pico.
No dia 4 de Outubro de 2004, recebeu na sua sede a visita dos Amigos de Rabo de Peixe dos Estados Unidos da América, tendo descerrado uma placa na sala da escola de Música, dedicando esta aos emigrantes de rabo de peixe, no que foi o primeiro acto público de homenagem a quem tento tem feito pela Vila de Rabo de Peixe, ao longo de tantos anos.
Contando com cerca de 50 executantes, nomeadamente muitos jovens, a Progresso do Norte tem prestado há mais de cem anos relevantes serviços a Rabo de Peixe, no campo religioso, social e cultural.
Filarmónica Santíssimo Salvador do Mundo da Ribeirinha

A Banda do Santíssimo Salvador do Mundo, da Ribeirinha foi fundada no dia 02 de Fevereiro do ano de 1877, pelo Padre José Lucindo da Graça. Este grande Padre, músico e compositor, estudou em Roma, donde se ordenou e fez a sua primeira missa, recebendo como oferta a famosa missa de Pucinelli, daí o seu gosto pela música e fundar um banda de música na Ribeirinha. A influencia de Roma, também se fez surgir no primeiro fardamento desta banda, o Padre Lucindo da Graça, procurou «fardar os músicos» com o traje de gala da Guarda Suíça do Vaticano, incluindo botas de cano, calções brancos, dólmanes azuis e capacetes emplumados, porém o uso, de tais fardas não demorou muito tempo, por ter caído no ridículo popular, pelo que foi necessário substituí-las, criteriosamente, por outras mais simples.
O Padre José Lucindo da Graça, deu o nome do Padroeiro da Ribeirinha, á sua Banda (Santíssimo Salvador do Mundo), que se apresentou pela 1ª vez, no dia 02 de Fevereiro do ano de 1877, tendo como madrinha desta a Nossa Senhora da Estrela. Também se deve ao fundador o hino do padroeiro da Ribeirinha e ao seu irmão a letra.
Aquando da visita régia de D.Carlos I, a São Miguel esta Banda realizou um concerto com a presença de D.Carlos I, o concerto sob a direcção de Carlos Serpa, foi um sucesso de tal forma que mais tarde esta Banda foi convidada pelo Marquês da Praia e Monforte a realizar um concerto com o mesmo repertório no Vale das Furnas.
Nos anos 60 e 70, esta Banda enfrentou uma crise muito forte, devido á emigração.
Nos anos 90, esta Banda participou em Festivais de Bandas realizados nos Fenais da Luz, e em 1997 nos seus 130 anos, foi pelaprimeira vez á Ilha Terceira, a São Sebastião, onde realizou as festas desta freguesia em Julho.
Actualmente é composta com cerca de 35 elementos de ambos os sexos, e após uma crise de elementos, e com a Direcção e os seu Maestro Artur Cardoso, tem tentado imprimir e incentivar o gosto da arte musical na freguesia, com a escola de música em actividade, para que esta Banda centenária continue em actividade, fazendo com a herança do seu fundador á Ribeirinha continue em actividade.
Sociedade Recreativa Filarmónica Nossa Senhora das Victórias

A Sociedade Recreativa Filarmónica Nossa Senhora das Victórias, da freguesia de Santa Bárbara concelho da Ribeira Grande foi fundada no dia 31 de Agosto de 1986, pelo Sr. Leonardo Medeiros Cybrom, músico amador natural da freguesia de Santa Cruz da Lagoa. Na sua infância foi elemento da Banda do Rosário da Lagoa e como seu regente tinha o tão conhecido músico,e compositor o Sr. António Moniz Barreto, mais conhecido pelo “Caiador”. Com o seu amor pela arte musical, decidiu fundar uma Banda de música nesta freguesia de Santa Bárbara, donde reside actualmente, e abriu uma escola de música formada por jovens desta freguesia. Assim sendo no dia 31 de Agosto do ano de 1986, dia de Nª Srª das Victórias, esta jovem Filarmónica Micaelense apresentou-se ao público, tomando como sua padroeira Nossa Senhora das Victórias.
Depois de uns anos a actuar só na ilha de São Miguel, esta Filarmónica pela primeira vez, deslocou-se no ano de 1990 às Festas de 15 de Agosto na Ilha de Santa Maria. Em 1991 deslocou-se à Semana do Mar na Ilha do Faial. Em 1992 foi às Festas do Topo em São Jorge, e em 1993 tornou a participar nas Festas de 15 de Agosto em Santa Maria.
No ano de 1996 concretizou um velho sonho dos seus filarmónicos bem como dos seus directores em se deslocar ao Canadá, mais concretamente à zona de Ontário, na cidade de Toronto, donde reside actualmente um vasto número de emigrantes da freguesia de Santa Bárbara para participar nas Festas do Senhor da Pedra, do Santíssimo Salvador do Mundo, e Nossa Senhora dos Anjos.
Participou por três vezes no Festival de Bandas dos Fenais da Ajuda (1991, 1993, e 1997). Em 1997, participou no Festival de Bandas que se realizou em Setembro no Concelho de Nordeste, representando o Concelho da Ribeira Grande.
No ano de 1998, esta jovem Filarmónica Nossa Senhora das Victórias, desloca-se à freguesia das Fontinhas na Ilha Terceira realizando uma vez mais uma viagem a uma ilha dos Açores.
No dia 06 de Dezembro de 1998, eparticipa no “I Concurso Filarmónica 98”, realizado pela Câmara Municipal de Ponta Delgada no Teatro Micaelense na categoria B, ficando em 1º lugar.
Em 1999 a Filarmónica Nª Senhora das Victórias voltou a ter um convite para participar nas Grandiosas Festas do Espírito Santo em Fall River o qual aceitou e foram muito recebidas pelos nossos emigrantes residentes nos E.U.A.
Em 2001, realizou um intercâmbio com a Banda do Arrabal de Leiria, por intermédio do Inatel de 19 a 24 de Julho.
Em 2002, a Filarmónica Nª Senhora das Victórias recebeu a Banda de Sotocico de Leiria, no projecto de Intercâmbio que se propôs, o qual correu muito bem e todos os elementos ficaram encantados com as belezas naturais da nossa ilha.
Em 2003, deslocou-se a Soutocico a convite daquela filarmónica de Leiria. Neste ano recebeu em Santa Bárbara, outra banda, desta vez, de Rio Maior.
Em Julho de 2004, desloca-se à Terceira a convite da Filarmónica da Terra Chã e em Julho de 2005 realizou o intercâmbio já proposto pela Banda de Rio Maior.
Em 2006 receberam a Banda Lira Madalense, tendo retribuído o intercambio ano seguinte.
A Filarmónica Nossa Senhora das Victórias actualmente é constituída por 50 elementos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 10 e 30 anos, portanto trata-se de uma Filarmónica constituída por jovens, desta freguesia donde a pecuária e agricultura são a sua principal actividade, mantendo uma Escola de Música em constante actividade para formar os músicos de amanhã, sendo o seu regente ainda o seu fundador o Sr. Leonardo Medeiros Cybrom.