Teatro Ribeiragrandense retoma programação cultural a partir de outubro
O Teatro Ribeiragrandense retoma a partir de outubro a programação cultural com dois concertos agendados para os dias 9 e 10 de outubro, eventos que assinalam a reabertura ao público após dois anos de interregno devido à pandemia.
No sábado, dia 9, às 21h00, sobe ao palco o fadista Miguel Bandeirinha. Natural de Massarelos, Porto, Miguel Bandeirinha é um jovem fadista de 27 anos que abraçou o fado desde pequeno e cujo percurso já passou pela Ribeira Grande com presença no Cantar às Estrelas e na gala do jornal Audiência.
Em 2009 assumiu a canção nacional de forma profissional tornando-se a partir daí presença em regular nas noites de fado, jornais, televisão e rádios. Conta com dois trabalhos discográficos editados e com poemas de sua autoria cantados por si e por outros artistas. Atualmente é presença constante nas Casas de Fado e palcos de norte a sul do país, fixando a sua residência no Porto.
No domingo, dia 10, a partir das 20h00, o palco do Teatro Ribeiragrandense será preenchido pelos Mankes Piano Quartet, um quarteto internacional formado em Amesterdão, no ano de 2019, composto por músicos oriundos dos Estados Unidos da América, Finlândia e Portugal, nomeadamente Shane van Neerden (piano, EUA), Emil Peltola (violino, Finlândia), João Abreu (viola, Portugal) e Henrique Constância (violoncelo, Portugal).
No Conservatório de Amesterdão têm tido a oportunidade de trabalhar com mestres como Michel Dispa, Frank Peters e Nobuko Imai, apresentando-se regularmente em salas de concerto como a Bernard Haitinkzaal ou Sweelinckzaal.
O pintor holandês Jan Mankes (1889-1920) produziu uma vasta gama de obras muito pessoais e sugestivas que servem como fonte de inspiração para o quarteto e que se revelam de particular interesse para os que cuidam do delicado e subtil.
A obra de Mankes, que infelizmente mal atravessou as fronteiras da sua casa artística, é rica em suavidade, com ternura, transparência, sensibilidade, reflexão e talvez o mais importante, ’sugestão’, através da qual consegue alcançar uma qualidade de arte que é quase completamente silenciosa, sem conclusões.
Essa personificação, paradoxal quando relacionada com a música, é algo para o qual o Mankes Piano Quartet se esforça constantemente – uma qualidade de criação que abandona o rudimentar e permeia o que é inexprimível com palavras.